“A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é força divina” (1 Cor 1, 18).
O mundo moderno é perfeitamente hedonista. Eleva os prazeres acima de todo e qualquer valor. Essa mentalidade é o início da perdição do homem, porque a partir do momento em que ele submete a razão às suas paixões, desce ao nível dos animais. Com efeito, o homem tem um distintivo. Ele, diferentemente dos outros animais, possui um diferencial, que é a razão. Mas, quando despreza a sua razão e passa a valorizar as paixões da sua carne, passa também a se perder, passa a esquecer e rejeitar o Bem eterno e imutável que o criou. O hedonismo consiste em valorizar os prazeres da carne, aquilo que é próprio de todos os animais, em detrimento da própria sabedoria, da própria razão. Esse pensamento – que guia o mundo moderno – conduz o homem ao que Pio XII chama de “vícios mais vergonhosos da humanidade” (Sacra Virginitas, 50).
Quando lemos uma notícia dessas, ficamos escandalizados. Como uma pessoa pode desvalorizar os prazeres da carne dessa maneira, chegando ao ponto do açoitamento? É uma pergunta interessante, que deve ser respondida à luz do pensamento cristão. Primeiro, o autor sagrado pergunta: “Que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida?” (Mc 8, 36) De fato, aquele que se deixa dominar pelas concupiscências nessa vida e se apega de modo desordenado às criaturas perde a vida eterna. O raciocínio cristão é: O que vale mais? Se sacrificar nessa vida ou perecer eternamente na outra?
“O que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á” (Mc 8, 35), diz Jesus Cristo. Mas o mundo despreza sua Palavra. E, no contexto do mundo moderno, nós notamos esse desprezo, nós observamos o culto exacerbado ao hedonismo e aos prazeres da carne. Afinal, a reação das pessoas quanto à notícia da Cruz é de escândalo. Mas, a reação das mesmas quando é anunciada a notícia da prostituição e da barbárie sexual é de conformidade, de aceitação, de aprovação. Nesse sentido, estamos diante de um sinal de contradição. Enquanto o mundo prega o prazer carnal, o sexo deliberado e a total substituição da razão pelas paixões, Jesus Cristo mostra-nos um caminho diferente: o caminho da mortificação, da penitência, da abstinência, do desprezo pelos conceitos desse mundo efêmero.
É preciso vigiar primeiramente os movimentos das paixões e dos sentidos, e dominá-los com uma vida voluntariamente austera e com a mortificação corporal, para os submeter à reta razão e à lei divina: “Os que são de Cristo crucificaram a sua própria carne com os vícios e concupiscências” (Gl 5, 24). O apóstolo das gentes confessa de si mesmo: “Castigo o meu corpo e reduzo-o à escravidão, para que não suceda que, tendo pregado aos outros, eu mesmo venha a ser réprobo” (1 Cor 9, 27).
E vale ainda a orientação do Papa:
"E se má saúde ou outras razões não nos permitem pesadas austeridades corporais, nunca elas nos dispensam da vigilância e da mortificação interior.”
(Papa Pio XII, Sacra Virginitas, n. 51; 25 de março de 1954)
Dúvidas Doutrinárias
Mortificação corporal, certo ou errado?
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Talvez um dos mais polêmicos filmes dos ultimos anos entitulado Código da Vinci, nos apresenta um "ato religioso" que foi muito utilizado na história da Igreja, inclusive por muitos religiosos, denominado mortificação corporal. No filme o personagem Silas se autoflagela e utiliza o sílicio. Apesar do personagem do filme apresentar ações doentias esses atos que geram dor e que exprimem o desejo penitente do executante tem sido mantidas na Igreja através do movimento Opus Dei. A idéia do tópico é recolher opniões diversas de acordo ou desacordo sobre esse assunto!
P.S. Esse tópico não pretende fazer apologia, nem tampouco induzir pessoa alguma na prática de tais atos!
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Destinado a solucionar dúvidas sobre a Santa Doutina, Liturgia, e sobre a Santa Igreja em geral! Poste aqui sua dúvida!
Pe. Paulo falou tudo! Ser católico é o que há minha gente, junte-se a nós :D
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Apesar dos erros de seus membros, de toda a história manchada, a Igreja Católica Apostólica Romana permanece sendo a Igreja de Jesus Cristo, fundada, mantida e desejada por Ele. A Igreja Católica foi quem discerniu, interpretou e compilou a Bíblia, para que fosse instrumento da paz e não da destruição como hoje em dia é usada! As Sagradas Escrituras auxiliam a fé católica e é por isso que as demais seitas não podem entende-la em um sentido total a sua mensagem!
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